terça-feira, 25 de novembro de 2014

Cordisburgo

RUTA DE MAQUINE descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, na época proprietário das terras. O berço da Paleontologia Brasileira foi  explorada cientificamente pelo sábio naturalista dinamarquês Dr. Peter Wilhelm Lund em 1834, que em seguida, mostrou ao mundo as belezas naturais de raro primor. A Gruta possui 7 salões explorados, totalizando 650 metros lineares e desnível de apenas 18 metros. O preparo de  iluminação e passarelas possibilitam aos visitantes vislumbrarem, com segurança, as maravilhas de Maquiné, onde todo percurso é acompanhado por um guia local.
O município de Cordisburgo está localizado na região centro-norte do Estado, distante, aproximadamente 120 km de Belo Horizonte por via rodoviária. Seu acesso principal a partir de BH, situa-se na BR-040, sentido Brasília, sendo 93km até Pousada Maquiné, entrando à direita na Rodovia MG –231 e mais 22 km até a cidade de CORDISBURGO.

A partir de Curvelo são 44 km, sendo 6 km de estrada pavim
http://www.cordisburgo.mg.gov.br

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

VISITA A CORDISBURGO XD

No dia 11/11/2014 os 6º  anos visitaram a cidade Cordisburgo (cidade do coração), durante a visita visitamos o Museu Guimarães Rosa, a Igreja Matriz, visitamos praças, e fomos para a Gruta De Maquiné, apesar de naquele dia estar um calor do cão e seco, foi uma visita muito boa com direito
a volta, mas recomendo irem em uma época mais humida, porque sol não tem do, viajem nota 1000, 5 estrelas, e outros pontos existentes no mundo que se encaixem na minha avaliação

ATÉ A PRÓXIMA



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cecilia Meireles

Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  
Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 
O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  
No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 
Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.  

Guimarães Rosa

João Guimarães Rosa nasceu no dia 27 de junho de 1908, em Cordisburgo, Minas Gerais.

E desde pequeno era encantado por estudar outras línguas. Iniciou-se sozinho no estudo do francês. Um frade ensinou a ele o holandês e o ajudou a seguir no estudo do francês.

Após passar por alguns colégios, fixa-se em Belo Horizonte, onde completa o curso secundário em uma escola de padres alemães. Logo que ingressa, Guimarães Rosa começa o estudo de alemão.

Ainda nessa cidade, matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, em 1925.

Nem tinha formado, quando em 1929, escreveu seus primeiros contos e deu início à sua carreira como literário. Já a princípio, ganhou prêmio em dinheiro pelos tais contos, ao participar de concurso oferecido pela revista “O Cruzeiro”.

Nesse período, suas obras, apesar de premiadas, não tinham a linguagem literária que representou um marco na literatura brasileira.

Na data de seu aniversário e no ano de 1930, casa-se com a primeira esposa, Lígia Cabral Penna, com quem tem duas filhas: Vilma e Agnes. Forma-se no mesmo ano em Medicina e exerce sua função nas várias cidades do interior mineiro. Após presenciar as dificuldades de se trabalhar em lugares que não ofereciam condições e pessoas sofrendo e morrendo por causa disso, o autor abandona a Medicina, pois não consegue conviver com tal realidade.

Porém, trabalhou por alguns anos como Oficial Médico do 9º Batalhão de Infantaria, como concursado. Contudo, não presenciava as mazelas da Revolução Constitucionalista de 1932, ao contrário, dedicava-se a escrever mais contos, pois lhe sobrava tempo.

No entanto, percebe com o tempo que não tinha intimidade com aquele tipo de trabalho, senão com as letras. Então, por saber várias línguas, decide prestar concurso e ingressa na carreira diplomática, em 1934, quando serve na Alemanha, Colômbia e França.

Em 1936, participa de concursos literários que lhe rende prêmio da Academia Brasileira de Letras por “Magma”, uma coletânea de poemas. Após um ano, seu livro “Contos”, o qual mais tarde se chamaria Sagarana, ganhou o prêmio Humberto de Campos. O primeiro de tantos outros que recebeu por esta obra que reúne contos sobre a vida rural em Minas. É através desse livro que Guimarães Rosa começa a mostrar o regionalismo através da linguagem, característica maior do autor.

É em sua viagem à Europa, em 1938, que o escritor conhece Aracy Moebius de Carvalho, que viria a ser sua segunda mulher. Quando o Brasil rompe relações com a Alemanha, Guimarães Rosa é detido, juntamente com outros brasileiros, até que são soltos em troca de diplomatas alemães.

Depois disso, torna-se secretário da Embaixada de Bogotá, Colômbia, onde permanece por muitos anos. Vem ao Brasil somente em visitas ocasionais.

Retorna ao país de origem em definitivo somente no ano de 1951 e começa a investigar a vida sertaneja, os usos, os costumes, as crenças, as músicas e também a fauna e a flora. É quando escreve “Corpo de Baile”, dividida em três novelas: Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites do sertão.

“Grande sertão: veredas” vem logo após e é aclamado pela crítica por suas inovações nas formas e na escrita. Além de receber prêmios por esta obra, Guimarães passa a ser reconhecido como especial dentro da 3ª geração pós-modernista.

O autor era extremamente místico, ligado a pensamentos supersticiosos. As crenças politeístas e os fluídos bons e maus faziam parte de sua vida. Assim, curandeiros, feiticeiros, quimbanda, umbanda, espiritismo e a força dos astros refletiam em concordância com as ideias deste autor.

Por este motivo, se estabelece uma relação entre a inovação na fala das personagens e o regionalismo envolto em um “sertão místico”, como denomina o autor José de Nicola.

A característica peculiar de Guimarães Rosa é o uso de neologismos, ou seja, da criação de palavras ou da recriação delas.

Veja um trecho em que Riobaldo, personagem do romance “Grande sertão: veredas”, expressa sua dúvida quanto à existência de Deus e do diabo:

O senhor não vê? O que não é Deus, é estado do demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver - a gente sabendo que ele não existe, aí é que ele toma conta de tudo. O inferno é um sem-fim que nem não se pode ver. Mas a gente quer Céu é porque quer um fim: mas um fim com depois dele a gente tudo vendo. Se eu estou falando às flautas, o senhor me corte. Meu modo é este. Nasci para não ter homem igual em meus gostos. O que eu invejo é sua instrução do senhor..." 

Após resistir um pouco, Guimarães Rosa assume a cadeira na Academia Brasileira de Letras, toma posse três dias antes de morrer. No seu discurso de posse, diz: "...a gente morre é para provar que viveu."

O autor faleceu de um mal súbito, em 19 de novembro de 1967; tinha 59 anos.